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Ata Primeira Reunião – Todos pelo Rio Doce


Data: 02/12/2015,
Duração: das 20h às 22h15.
Local: SHIN QI5 Conjunto 1 Casa 10, Lago Norte. Casa da Bruna
Participantes(10):
Adriano José, Ana Beatriz, Ana Júlia, Bruna Souza, Elisa Viscardi, Jussara, Webert Oliveira, Raisa Moura, Thâmara Vilela, Vera Severolli.


Rodada 1: Qual a sua motivação e como deseja contribuir?

Adriano José: “É emocional. Não havia pensado na proporção da barragem, fui acompanhando pelas redes sociais e passei a aplicar o conceito de vilas [Edgard Gouveia] em sala de aula”

Ana Beatriz: “Minha motivação é o impacto que isso traz.Podemos levar conhecimento e ajuda aos nossos irmãos. Acho que o Gaia traz essa força, essa oportunidade de unir”.

Ana Júlia: “Eu levei a problematização em um sentido mais amplo para a sala de aula. Estudo meio Ambiente e vejo que a Permacultura às vezes não chega a quem mais precisa. É uma boa hora de debater de forma gaiana e refletir esses impactos, e conhecer pessoas de outras áreas também”.

Bruna Souza: “Sou fã do Edgard e quando vi a possibilidade de fazer algo eu pensei: Quero fazer! Por quê não? A gente cresce junto com isso…Foi a destruição de um ecossistema inteiro! A gente é parte da Terra, o que acontece nela a gente sente. Então como curar essa ferida? Quando é por Amor a cura vem”.

Elisa: “Não é porqeu aconteceu lá, que não aconteceu aqui. Fazer o Oásis ou qualquer outro projeto me encheu de esperança! E eu quero fazer, ir pra lá e botar a mão na massa”.

Jussara: “Minha motivação é emocional. Eu estava fora, acabei de chegar da Tailândia…então eu ouvia as notícias e não sabia a proporção. Tô aqui pra ajudar no que for preciso”.

Webert: “Não tenho TV, fiquei abalado e sem saber o que fazer. Trabalho para projetos de risco e me senti frágil por não ter algo pronto. É um momento de crise, de água, de energia, humana. Quero trabalhar com isso”.

 (faltou documentar as outras falas – Raisa, Thâmara e Vera).

Rodada 2: Qual a sua ideia de ação para o Rio Doce?

Adriano: “Fui contemplado pelas falas. Tenho disponibilidade [de estar a campo] em período de férias”.

Ana Beatriz: “Precisamos mapear as necessidades, sou estudante de Arquitetura e trabalho com Bioconstrução. Quero pôr a mão na massa e tenho disponibilidade de ir pra lá [MG]”.

Ana Júlia: “Quero convidar as redes, levar alternativas de Economia Solidária…talvez trazer alguém do Banco de Palmas. Podemos contactar facilitadores da Dimensão Econômica do Gaia. Fazer com que as pessoas pensem, reflitam e discutam sobre a questão de disponibilidade de ir”.

Bruna: “Quero contribuir com instrumentos que aprendemos no Gaia, levar o conhecimento para a comunidade, mostrar o que é a Permacultura porque muita gente não sabe. E pensar numa ação específica para uma determinada região”.

Elisa: “Tenho vontade de trabalhar com a autoestima das pessoas. Tenho disponibilidade de ir ao local e quero colocar a mão na massa”.

Jussara: “Penso em alternativas de recuperação de renda ao local. Sou designer e posso ajudar com a parte audiovisual. Também quero colocar a mão na massa”.

Webert: “Eu penso em reconstrução da cidade. Quero começar a desenhar um modelo de vila para apresentar à comunidade…Tentar levantar a melhor e a pior hipótese para cada dimensão e ver as possibilidades. [2º momento]…Tenho a capacidade de unir redes, vontade de reconstruir a cidade de forma sustentável. Já temos o mapeamento das áreas afetadas, nós da Calango fizemos, já temos isso pronto”. Mapa das Áreas Afetadas

Raisa: “Quero contribuir com os jogos cooperativos, a atenção às pessoas, atuar na qualidade de vida delas e na saúde. Permacultura, Agrofloresta, Economia Solidária…Posso estar lá fisicamente e também agir à distância”.

Thâmara: “Eu olho para o lado Social, levar alegria, afeto, abraços, arte, música…e a questão da renda é importante. Famílias inteiras de pescadores perderam suas rendas e provavelmente muitos serão demitidos pela mineradora. Minha proposta [2º momento] é da Ecovila Renascer: um protótipo de Design baseado nas 4 dimensões do Gaia. Mais do que construir casas é construir uma nova visão de mundo”.

Vera: “Queria poder ter contato e aproximação com os moradores para entender as suas necessidades, o que eles realmente estão precisando. As pessoas perderam tudo…É importante ouvi-los”.

Rodada 3: Contexto, Plano Edgard Gouveia, Proposta Gaia.


Apresentação verbal de ações que estão sendo feitas em MG.

Proposta Edgard:

Reuniu pessoas de todo o Brasil para pensar ações para a região;

As redes locais (chamadas de vilas), tem autonomia para propor o que quiser: cada um com seu talento, pessoas (tribos) e o tempo disponível;

Incentivo à auto-organização, gestão compartilhada, agir sem depender de ajuda financeira e questões burocráticas.

O Oásis de SC serve como inspiração, já que eram 5 estudantes que mobilizaram mais de 64.000 pessoas e mais de 800 para irem a campo reconstruir a cidade.

As ações (chamadas de missões) podem ser de curto, médio ou longo prazo. Ou seja, ter im prazo de 1, 3, 7, 15, 30 ou 90 dias pra acontecer.

Foco no médio e longo prazo, quando as atenções não serão as mesmas e haverá outras demandas não atendidas, para além das emergenciais.

Está sendo desenvolvida uma plataforma online, pelo Edgard e equipe, para mapear e divulgar as ações, servindo de inspiração para novas ações.

Referências internacionais como: Desafio Estônia, que mobilizou 40.000 pessoas para limpar a cidade toda em 1 dia; e o Invisible Children, com crianças da África mobilizando pessoas e recursos para acabar com a guerra.

Regra geral: FREE, FAST & FUN. “Nós não queremos o seu dinheiro, queremos o seu melhor”, “Se não é divertido, não é Sustentável”; “Tem que ser rápido e sem colocar a mão no bolso”.

Tecnologias Sociais: Oásis, para mobilizar os sonhos; Play the Call, para mobilizar as pessoas a “entrarem no jogo” e cumprirem suas “missões impossíveis”, alimentando a plataforma virtual e inspirando outras ações.

Sugestões e Encaminhamentos

Webert: Ver data para (possível) próxima reunião na Calango Hacker Clube. Começar a desenhar o processo de articulação dos eixos de ação para receber os voluntários. Próxima reunião recolher disponibilidades e habilidades para agir. Ideia de criar um projeto open-source e depois levar para a comunidade. Disponibilidade do Sérgio Pamplona (arquiteto e permacultor) em ajudar. Cada um trazer reflexões para a próxima reunião.

Raisa: uso da metodologia Metaplan para colheita de ideias.

Thâmara: há outras pessoas além do Gaia envolvidas e que são peças importantes para apoio no projeto como Pedro Henrique (Designer) e Francisco Lima (arquiteto e bioconstrutor). Haverá espaço na plataforma do Edgard tanto para expor o projeto quanto para direcionar ao site específico do projeto. O “projeto maior” com todos atuando ao mesmo tempo está previsto para o final de março, mas pode haver alterações.

Jussara: A própria comunidade deve dar o nome da ecovila conforme simbologia local, mas nós do grupo decidimos o nome do projeto.

Bruna: amadurecer a proposta como grupo e firmar no próximo encontro.

Finalização Com Abraço Coletivo!!! <3