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Monitora Cerrado

Sistema de monitoramento climático distribuído

Resumo: Esse artigo é fruto do projeto apresentado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, projeto criado especificamente para a semana nacional de ciência e tecnologia 2011, baseado no tema mudanças climáticas, desastres naturais e prevenções de riscos, 2011. Este projeto tem embasamento no conceito de sistemas distribuídos, aplicando conceitos de Internet das Coisas – “Internet of The Things” para criação de uma rede de capitação de dados climáticos distribuída, utilizando pequenas estações feitas com o hardware livre Arduino. Os dados são enviados a um servidor central chamado de Monitora Cerrado rodando a aplicação ThingSpeak para a recebimento e manipulação desses eventos, possibilitando medições e aferições por regiões de acordo com a média das estações ali dispostas.

PALAVRAS-CHAVE

Internet das coisas, sistemas distribuído, clima, Arduino, Semana Nacional, computação física.

1. Introdução

O conceito de internet das coisas – “Internet of the Things” – (IoT)[1] vem da ideia de colocar objetos para interagir e gerar informação através da rede de computadores, inicialmente esses dispositivos eram acessados por comunicação RFID[2], porém esse formato não possibilitava aos dispositivos terem uma identificação na rede, necessitando de um intermediário para fazer a comunicação dessas informações com a internet. Com o desenvolvimento da tecnologia tornou-se possível colocar esses dispositivos conectados direto à rede, fazendo uso de pequenos microcontroladores de baixo consumo energético e placas de redes especiais para esses dispositivos, e em outros casos, usando outras tecnologias de comunicação como as redes ZigBee[3] montando uma malha de comunicação entre esses objetos.

No ano de 2011 o grupo Arduino Brasília tomou conhecimento do projeto “The Japan Disaster Project”[4], criado pelo hackerSpace de Tokyo, baseado no mesmo conceito de sistemas distribuídos e usando aparelhos ligados a internet das coisas para medir à quantidade de radiação nas áreas afetadas pelo terremoto e tsunami na costa nordeste do Japão em março de 2011, onde causou danos na usina nuclear de fukushima provocando assim liberação de radiação. Usando o mesmo conceito, o grupo Arduino Brasília, resolveu criar um projeto colaborativo para desenvolvimento de uma ferramenta deste tipo para ser apresentado na semana nacional de ciência e tecnologia de 2011, que tinha como tema “Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenções de riscos”, projeto esse que foi batizado de Monitora Cerrado a sua parte de aplicação Web e de ClimaDuino, o hardware físico que faz as medições e coletas de dados como temperatura, umidade, pressão atmosférica dentre outras medições possíveis.

Figura -01 Tela da estação ClimaDuino

Com o uso do microcontrolador Arduino, foi possível criar como se fossem pequenos terminais burros, capazes de processar pequenas quantidades de informação e enviá-las para um servidor central, capaz de processar e refinar essas informações, cada estação tem o seu próprio relógio interno para sincronizar com seus periféricos, o projeto é colaborativo e continua em desenvolvimento.

2. Computação Física

Computação física é um serviço que pode ser oferecido através do uso de dispositivos físicos é a junção de software e hardware para criar possibilidades de interação e medições do mundo real. Sendo assim dispositivos físicos podem gerar respostas a determinadas situações, fazendo uso de sensores para geração de dados.

Mesmo com essa definição ainda é insuficientemente para descrever os vários significados que a computação física pode ter, por ser uma área muito ampla e abrangente, por englobar outras áreas do conhecimento como a domótica, inteligência artificial, robótica e outras, e também por estar em áreas comuns como por exemplo: o sistema de tráfego aéreo, de automóveis, geolocalização a até mesmo automação de processos, sendo muito utilizada nos sistemas automotivos. Essa não é uma área simples de descrevê-la usando apenas um campo de atuação

3. Ferramentas da Computação Física

3.1 Placas de controle

Normalmente quando falamos de sistemas de controle de automação temos como nome principal grandes empresas que desenvolvem equipamentos com uma arquitetura fechada e que só funcionam com um determinado software. Esses tipos de circuitos são específicos e projetados para a demanda do cliente e na maioria das vezes, fazem apenas o que está pré-programado a fazer, 0 sendo assim um circuito fechado.

3.2 Open hardware Arduino

O Arduino é um projeto open-source e “open-hardware” de prototipação de projetos eletrônicos baseados na plataforma de hardware e software com o uso de um micro controlador AVR flexível e de fácil acesso. É destinado a artistas, designers, hobbistas ou qualquer tipo de pessoa que se interesse em criar objetos ou ambientes interativos.

O Arduino pode reconhecer o ambiente e receber as informações através de sensores como pode também estimular o ambiente controlando uma grande variedade de atuadores para o acionamento de luzes, motores e outros.

O microcontrolador usado é o Atmega8/168/328 e é totalmente programável usando a linguagem Arduino baseada na linguagem (Wiring), que é uma customização da linguagem C/C++, também aceita código diretamente em C/C++.

O ambiente de programação é a Arduino IDE que é desenvolvida em Java, a IDE é usada para a programação do Arduino, mas também pode ser usada para a programação de outros circuitos, essa plataforma também pode ser usada para fazer a comunicação serial entre o Arduino e outros softwares que estejam instalados no computador.

Existem diversas versões de Arduinos, algumas que podem até ser montadas à mão, como o Severino ou versões mais sofisticadas como a versão Mega que podem ser compradas em lojas de comércio eletrônico na internet.

projetos/climaduino/inicio.1414374413.txt.gz · Última modificação: 2014/10/27 05:46 (edição externa)